Quando a minha avĂł olhava para mim, nos seus olhos subiam ondas de ternura que vinham dar Ă costa do meu peito. Ainda hoje vejo esse olhar humedecido, esse olhar lĂquido em que sĂł o amor mais sĂłlido se transforma. A minha avĂł tinha voz de sossego e pele de veludo, e nas suas mĂŁos cabia tudo. Nos seus dedos deformados vi sempre a perfeição da forma como me acarinhava e nunca vi, nunca, mĂŁos mais belas.
Elisabete BĂĄrbara
Ilustração_Lado Tevdoradze
Oh saudade!!!! đ
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