Às vezes sou tão cruel comigo mesma, esqueço que tropeçar não é deixar de evoluir, que todos os dias tento dar o melhor. Estou em construção, em desconstrução também. Ainda estou aprendendo a me culpar menos. Lembrar que o processo não é uma linha reta, e sim cheio de curvas. Ainda estou aprendendo a me amar, mas já avancei muito. Preciso lembrar que já fiz muito, que estou fazendo meu caminho e existe muito mundo pra conquistar. Ainda estou aprendendo a amar meu corpo, gostar do que vejo, cada trecho. Estou aprendendo a tirar proveito da minha personalidade, me respeitar. Respeitar cada momento. Sem deixar de fazer reparos, mas com paciência. Comemorando até as pequenas vitórias, aquelas que parecem miúdas, tão minhas, mas que são de mim para mim. Os degraus que me causam orgulho. Porque sei que estou forte, inclusive nos dias que a sensibilidade invade. Inclusive nesses dias que fico ali, encolhida no cantinho, com os olhos fechados, apanhando da vida; só pra me reerguer com mais vontade, peito disparado, pra bater de frente, com uma coragem insana, de quem já não sente medo de coisa alguma. Acho que a parte boa de ir até o fundo, é ficar mais destemido, doer até quase não aguentar, mas saber que sim, a gente sobrevive, porque uma hora sempre passa.
— Nina Benavídez
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