Trago em meu peito estradas, uma gota miúda, o mato molhado.
Carrego em mim as manhãs de domingo, o orvalho sobre a flor e o cheiro dos cafezais, os lençóis amarrotados, fruto maduro no pé, o cheiro da terra molhada.
Conheci outras canções, mas ainda adormeço sob a melodia que a chuva faz.
Ainda invento jardins com flores silvestres colhidas ao longo da longa jornada.
Ainda invento jardins toda vez que o tempo escurece, que o sol adormece, que a vida dói.
Carrego em mim um punhado de fé, um pote cheio de amor, esperança no bolso, uma flor pra enfeitar meu lugar e um espelho, para eu nunca me esquecer quem sou, de onde vim, pra onde vou.
-Eunice Ramos
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