Antes, era a bagunça de domingo, fogão aceso, chinelos virados e as paredes falavam. Tudo parecia estar no lugar: cortinas abertas, travesseiros no chão, pão na mesa, sol no papel, descanso na varanda.
É estranho quando a casa vai embora de nós, quando somos paredes frias e não há música tocando.
Quando deixamos de amar nosso lugar, nossas coisas, as coisas que já são parte de nós.
Casa é movimento, é o que vem dentro, tem a cor que os nossos olhos traduzem, tem o nosso jeito, as emoções que compartilhamos e um bocado das coisas que carregamos.
Eunice Ramos
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