Eu vejo tanto ódio espalhado, tanta gente se achando melhor do que o outro, tanta gente sem se viver.
Tudo parece raso, vazio.
Volto à minha reflexão interior:
Quem eu sou, o que pode me trazer felicidade, onde eu gostaria de estar nesse instante.
Quero paz, quero cuidar dos meus afetos, quero viver minhas escolhas e andar só, se for da minha necessidade no momento.
Não quero ser dependente, não quero ser posse.
Não estou à toa. Sei dos meus trajetos.
Há o que me comove, me emociona.
Sei o que faz bem.
Eu me protejo e não prometo muita coisa.
Aprendi a me bastar em certos momentos.
Eu deito com a consciência tranquila.
Quem não calça meus sapatos, não sente o que eu sinto.
Já me doí, ja me curei. Já me refiz.
Quero um mundo mais humano, não quero ser somente um enfeite empoeirado na estante.
Estou fazendo a minha parte. Pequena, mas honesta.
Lá fora, tem céu, tem brisa, tem dias pra escrever minha história.
Vou com dignidade.
Eu sei de todos os cacos que juntei.
Nem sempre foi fácil recomeçar.
Mas eu sempre volto.
Muita coisa depende de mim.
Só de mim.
Sil Guidorizzi.