Florescermos é um processo bonito, mas nunca é simples. Não basta que a primavera chegue, é preciso que queiramos florescer. Há dias de sol, mas também de tempestades que nos dobram os ramos e nos arrancam as pétalas antes do tempo. E, ainda assim, continuamos a crescer, a procurar espaço, a buscar a luz.
Talvez o segredo seja em aceitar que nem sempre estaremos em flor. Que, por vezes, ser semente no escuro também faz parte. Que aprendemos na espera, no silêncio das raízes que se aprofundam antes que os ramos se espalhem.
E, quando menos esperamos, sem aviso, nasce alguma coisa. Pequena, tímida, mas cheio de promessas. É ali que a vida nos sussurra que ainda há beleza para viver, que ainda há cores para pintar os dias.
Florescer não é estar pronto. É permitir-se.
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