“É sim. Tem dia que bate uma tristeza grandona, uma vontade de ficar bem quietinha onde os ruídos do mundo não possam encontrar a gente.
É sim. Tem dia que dor antiga dá as caras, que a lágrima desliza volumosa, que tudo nos parece mais difícil do que realmente é e as saudades parecem ocupar todo o território do peito.
É sim. Tem dia que a respiração é áspera.
Que o sorriso mingua. Que chove à beça por dentro.
Que o coração fica todo apertado.
Que a coragem cochila um pouco.
É sim. Tem dia que a alma precisa de colinho.”
Fernanda Coser
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