A esperança é uma velha teimosa.
sentou lá no canto da sala e
espera, espera, espera...
não pede nada, não grita,
só existe.
às vezes a gente esquece que ela está lá,
mas ela não esquece da gente.
fica quieta, olhando,
como quem sabe de alguma coisa
que a gente ainda não entendeu.
quando tudo pesa,
quando o mundo parece um cubículo
sem porta,
ela levanta devagar,
estala os ossos
e diz:
“anda, vai.”
e a gente vai.
Simone Bacelar
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