quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Reflexão das boas...


Pois é... Não seja presença em enterro, seja presença em vida...

Espero que algumas pessoas leiam isso e reflitam, porque priorizamos coisas menos importantes e a família deixamos de lado.

A cobra mordeu a galinha, e com o veneno queimando em seu corpo, procurou refúgio no seu galinheiro.

Mas as outras galinhas preferiram expulsá-la para que o veneno não se espalhasse.

A galinha saiu coxeando, chorando de dor. Não pela mordida, mas pelo abandono e desprezo da própria família no momento em que mais precisava deles.

Assim se foi... ardendo de febre, arrastando uma de suas patas, vulnerável a noites frias.

A cada passo, uma lágrima caía.

As galinhas no galinheiro viram-na ir embora, assistindo-a desaparecer no horizonte. Algumas diziam entre si:

— Deixe-o ir... Morrerá longe de nós.

E quando a galinha finalmente desapareceu na imensidão do horizonte, todas tinham a certeza de que ela tinha falecido.
Algumas até olhavam para o céu, esperando ver abutres voando.
O tempo passou.

Muito depois, um beija-flor chegou ao galinheiro e anunciou:

— Sua irmã está viva! Mora numa caverna muito longe daqui.

Recuperou, mas perdeu uma pata por causa da mordida da cobra.
Está com dificuldade em encontrar comida e precisa da sua ajuda.

Houve um silêncio. Depois começaram as desculpas:

— Não posso ir, estou colocando ovos...

— Não posso ir, estou procurando milho...

— Não posso ir, tenho que cuidar dos meus pintinhos...

Então, uma por uma, todas rejeitaram o pedido. O beija-flor voltou para a caverna sozinho.

O tempo passou de novo.

Muito depois, o beija-flor voltou, mas desta vez com uma notícia dolorosa:

— Sua irmã faleceu... Morreu sozinha na caverna... Não há quem a enterre nem chore.

Nesse momento, um peso caiu sobre todas. Um profundo lamento encheu o galinheiro.

Quem colocou ovos, parou.

Quem estava procurando milho, deixou as sementes.

Aqueles que cuidaram de pintinhos, esqueceram-nos por um momento.

Arrependimento doía mais do que qualquer veneno. Por que não fomos mais cedo? , estavam se perguntando.

E sem medir a distância nem o esforço, todas partiram para a caverna, chorando e lamentando. Agora eles tinham um motivo para vê-la, mas era tarde demais.

Quando chegaram na caverna, não encontraram a galinha... Só encontraram uma carta que dizia:

"Na vida, muitas vezes as pessoas não atravessam a rua para te ajudar quando você está vivo, mas atravessam o mundo para te enterrar quando você morre.

E a maioria das lágrimas nos funerais não são de dor, mas de remorso e arrependimento. "

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