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"Amo os grandes acontecimentos, as experiências significantes, mas amo, mais ainda, a sutileza dos detalhes. Da festa de sol que cruza a janela do meu quarto e brilha "psiu, psiu". Da forma como os meus pés balançam em estado de felicidade - ou de poesia. Do jeito tosco e verdadeiro que meu corpo se alegra na companhia dos meus amigos e familiares. Da forma como não sei muita coisa e, por isso, tenho a sorte de aprender com o outro.
Amo como o detalhe da escuta, de ser ouvida, me permite ressignificar os barulhos do passado, tornando algumas dores miúdas. Amo a companhia do meu silêncio enquanto Gil toca e eu faço samba sozinha. Amo quando encontro um beija-flor no meio do caminho. Amo o que fica das surpresas simples da semana.
Amo o que sei sobre mim, mas amo, mais ainda, o que o desconforto me ensina. Amo a forma como eu me abraço e confio nos batimentos oscilantes do meu coração. Amo a potencialidade da memória. Amo rir do que eu duvidei, quando a minha intuição já me dizia.
Amo quando seguro as minhas mãos e danço. Amo quando eu estendo os meus braços para que todos possam dançar.
Amo a imprevisibilidade do encontro. Do lugar de incerteza e do talvez. Amo, inclusive, não possuir certezas para experimentar o novo.
Amo o que faz parte e o que falta. Amo a calmaria do meu corpo ao lembrar que não somos máquinas e é preciso ir aos poucos.
Amo apreciar os detalhes e saber que, em algum instante, eu também sou um."
Por: Sofia Oliveira | @colovirtual
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