sábado, 20 de fevereiro de 2016

MARLA DE QUEIROZ

Que seja insônia, agonia, desespero se for este o caso. Não conheço vida sem quaisquer umas destas emoções. Mas que venha tudo: o cru, o imundo, o insuportável. Que eu possa sentir até o fundo dos poros, que todo o veneno amoleça minhas veias, que a dor, antes obsoleta, pois a vida exigia uma sucessão de alegrias, me corroa com inteireza.
Mas que eu renasça... E cresça.
E que possa receber, após esta limpeza, a paz.
Desejo coragem para quem nasceu pra sentir demais.

 Marla de Queiroz

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