segunda-feira, 5 de outubro de 2015

LILIAN VEREZA

Imagem de Rodrigo Rod;

Tenho uma maneira toda inédita de reparar os detalhes que me chegam. E concluo que somo amontoados de experiências que nos resume e nos renova, nos presume e nos inova. Somos cada dia uma pontuação diferente, uma poesia que se escreve e abrevia nosso estado de espírito no agora, algumas vezes sem rima ou sentido. Vejo que ainda não me conheço. Me permaneço e me insisto. E estar em mim me alarga os pensamentos de forma constante. Estar em mim, alia minha teoria a prática e sendo, construo morada em minha própria filosofia, a qual acredito com os sonhos frescos de uma criança. Só o que me acrescenta me compõe. O resto, vira rastro e some como pegadas na areia arrastadas pelo mar. Talvez eu me conhecesse antes de mim, ou talvez eu seja uma passagem secreta que ainda procura saída. Não sabia que eu podia ser assim - colorida e dolorida, ritmo e canto, morte e vida. Alguém que guarda o céu no olhar e ainda desconhece o encanto misterioso que a vida guarda em estar. 

Lilian Vereza

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