quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Patrícia Gebrim


As coisas não aconteceram como você imaginou que aconteceriam.
O molho desandou, o bolo queimou, o pneu furou, o suposto amor evaporou. E agora?
É hora de improvisar!
O ego não sabe. Nessa hora se sente atacado e chora, ou fica bravo e esperneia, como fazem as crianças contrariadas. Mergulha na angústia, na frustração, vê aquilo como se o Universo fosse um pai pouco amoroso lhe dizendo um sonoro e irritante NÃO.
O ego é a parte de nós que fica com uma caneta vermelha na mão, assinalando as experiências.
Boa.
Ruim.
Ruim.
Boa.
Ruim.
E por aí vai.
A alma, mais sábia, não tem caneta na mão.
Tem um coração enorme no peito que a tudo abraça, para onde tráz tudo o que nos acontece. Sem qualificar. Sem julgar.
A alma vê uma experiência e logo diz:
_ Uau! Mais uma oportunidade de aprender! O que será que vou aprender com isso?
A alma abre a si mesma para qualquer coisa que venha na nossa direção e o mais lindo é que, por fazer isso, acaba dissolvendo tudo na energia amorosa que pulsa em nosso coração.
Uma espécie de magia acontece quando sabemos e praticamos isso.
A vida perde a dureza.
Os problemas se dissolvem bem em frente a nossos olhos incrédulos.
Experimente por si mesmo.
Não leve tudo tão a sério.
Se a pior coisa que poderia nos acontecer (a tão temida morte) já é certeira e garantida, por que não podemos escolher brincar durante o caminho?

Patrícia Gebrim

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