No pátio da escola havia uma árvore.
O Pedro gostava de correr perto daquela árvore durante o recreio.
Um dia parou e reparou nela. Era fininha, com ramos delgados e com algumas folhas secas.
Aproximou-de dela e acariciou-lhe o tronco.
De repente, brotou uma folha nova.
Dois dias depois regou-a e nasceram-lhe várias folhas.
Três dias depois abraçou-a e brotou um ramo novo.
A professora ralhou com o Pedro. Explicou-lhe que aquela árvore vivia ali, em paz, sem ninguém a incomodar e assim deveria continuar.
À tarde, alguém pôs uma cerca redonda e metálica à volta da árvore, para a proteger.
Na semana seguinte, o Pedro trepou aos ramos mais altos.
A professora teve de subir a uma escada para o ajudar a descer, porque a árvore tinha crescido muito.
Por isso...
A Marta plantou uma flor junto à árvore, para ela não se sentir tão sozinha.
O Luís pendurou uma casinha de pássaros num dos seus ramos.
A Sofia leu-lhe um poema que tinha escrito especialmente para ela e no fim todos aplaudiram.
A professora também!
António Sandoval. In. "A árvore da escola". Ilustração de Emílio Urberuaga.
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