Dias ruins não duram para sempre. E eu não digo isso como um senso comum, mas como uma convicção de quem já passou por altos e baixos nessa estrada.
Eu, você e muita gente já viveu um momento ruim que acreditou que não iria passar. Quando a pancada é forte, nossos pensamentos ficam confusos. A gente questiona tudo. Quer que o tempo corra e que aquela dor passe como uma mágica.
A gente esquece de respirar. A gente não quer entender nada. A gente não presta atenção nas lições. Não enxerga o milagre que, quase sempre, vem através de um livramento. Dias ruins não duram para sempre.
Chico Xavier, médium, filantropo e um dos mais importantes expoentes da doutrina espírita, escreveu um texto dizendo que tudo passa. Lembro desse trecho bonito: "guardemos a certeza pelas próprias dificuldades já superadas que não há mal que dure para sempre, semelhante a enorme embarcação que, às vezes, parece que vai soçobrar diante das turbulências de gigantescas ondas"
A agitação faz parte do roteiro, caro leitor. A tempestade testa a nossa paciência, a nossa fé e a nossa sabedoria, amada leitora. Mas nada disso vai durar para sempre.
Vai passar, mas não enquanto a gente colocar essa angústia para debaixo do tapete. É preciso sentir. É preciso parar de ter vergonha de ser humano. De evitar ser carne e osso. É preciso ser intenso nos sentimentos. Todos eles. Pois só quando chegamos no fundo de um poço, somos provocados a tentar fazer o caminho de volta a superfície.
Um dia me disseram que o sol sempre volta no dia seguinte, mas a vida me ensinou que esse brilho nasce primeiro dentro do nosso coração. E apesar das dúvidas, das incertezas e das decepções que a gente continua topando pelo caminho durante toda a vida, nada é capaz de apagar o brilho forte e bonito dessa esperança que se renova todos os dias. Dentro do nosso próprio coração. (Edgard Abbehusen)
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